Namoradas e Almas Gêmeas Amantes!

 Elizabeth Bishop  foi uma americana poetisa. Ela gastava meses, por vezes anos, escrevendo um
poema apenas, trabalhando para obter um sentido de espontaneidade.
Apaixonada pela exatidão, recriou os mundos do Canadá, América, Europa e Brasil

Em 8 de fevereiro de 1911, ela nasceu. O pai, William morreu antes dela ter um ano.

Em 1916 a mãe, Gertrude, foi internada num hospital psiquiátrico, e ficaria internada até morrer em
1934, mas Elizabeth nunca mais a veria.

A família materna a levou para viver no Canadá. Ela escreveria sobre sua infância de modo idealizado.
Mais tarde, os ricos avós paternos em Boston, ganharam custódia. Elizabeth vive nove meses infelizes
com eles, começando a sofrer de asma e de eczema, a primeira de suas numerosas alergias.
E vai morar com a irmã de sua mãe.

Em 1929 inicia na faculdade Vassar, na qual estudou durante quatro anos.
A sua educação excelente era financiada por dinheiro aplicado pelo pai.

Em 1930 ela conheceu na faculdade Louise Crane (1913 - 1997), uma importante filantropo americana. O pai de Louise era Winthrop Murray Crane, um milionário e ex-governador de Massachusetts. Sua mãe foi a co-fundadora do Museu de Arte Moderna (MoMA), Josephine Porter Boardman. Louise apoiou o jazz e a música orquestral, iniciando uma série de "shows de café" no MoMA.
Em 1933 seus primeiros poemas foram publicados na revista da faculdade Vassar, que ajudou a fundar. 

Em 1934, ela conheceu a grande poetisa Marianne Moore, 24 anos mais velha,
de quem se tornou muito amiga. Ela abandonou a intenção de se tornar médica e se dedicou à poesia.
Em Nova Iorque, escreveu os poemas: The Map e The Man-Moth. 

Em 1935, viveu com a Louise intermitentemente na Europa por três anos.

Em 1938, elas compram uma casa na Flórida.

Em 1946 o primeiro de seus volumes de poesia North and South foi publicado. 

De 1949 a 1950, ela foi consultora em poesia para a Biblioteca do Congresso e morou em Washington, DC. 

Marianne Moore sugeriu seu nome para o prêmio de poesia e ela venceu.
A amizade entre ambas, que perdura na extensa correspondência, durou até a morte de Marianne, em 1972.

 Em 1951, ao receber 2,500 dólares da faculdade Bryn Mawr decidir-se a navegar ao redor da América
do Sul.
Ela chegou ao Brasil em Novembro, esperando ficar duas semanas, mas sua estada se estendeu por mais de
quinze anos.

Ela conheceu Maria Carlota Costallat de Macedo Soares (1910 - 1967) era uma brasileira bem
conectada que se tornou uma conhecida arquiteta e paisagista. Apesar de não se formar em nenhuma
das áreas, ela foi convidada pelo governador Carlos Lacerda para projetar e supervisionar a
construção do Parque do Flamengo no Rio de Janeiro. Ela nasceu em Paris, França, em uma importante
família política do Rio de Janeiro.

 As duas estabeleceram residência em Petrópolis e mais tarde em Ouro Preto.

O Brasil foi temática de numerosos poemas, contos e cartas.

Ela documentou o suicídio do presidente Getúlio Vargas, viu a ascensão de JK e a queda de Jango Goulart. 

Ela endossava as opiniões de sua companheira Lota, partidária de posições udenistas. 

Em 1956 recebeu o Prêmio Pulitzer de Poesia pelo livro North & South — A Cold Spring.
receberia mais tarde o Prêmio Nacional do Livro (e o prêmio nacional do círculo dos Críticos
literários, assim como duas bolsas Guggenheim e uma da Fundação Ingram Merrill. 

Em 1965, ela dedicou seu volume de poemas "Perguntas de Viagem" a Lola.

Em 1967, Lola se juntou a Elizabeth na cidade de Nova York após um período de extensa
hospitalização por um colapso nervoso. No mesmo dia em que chegou a Nova York,
Em 19 de setembro, Lola tomou uma overdose de tranquilizantes. Acredita-se que os problemas
com seu trabalho e seu relacionamento fracassado com Elizabeth foram o que levou ao seu suicídio.
Ela morreu vários dias depois.

Flores Raras (2013)  diretor Bruno Barreto

Em 1968 Elizabeth vende a casa no Brasil

Em 1969 tornou-se poeta residente na Universidade de Harvard.  

Em 1971 começou um romance com Alice Methfessel que duraria até sua morte. 

Em 1976, foi a primeira mulher a receber o Prêmio Literário Internacional Neustadt e
continua sendo o único americano a recebê-lo. Elizabeth nunca uma escritora prolífica.
Ela observou que ela começaria muitos projetos e os deixaria inacabados. 

Em 1977 ela publicou seu último livro, Geografia III. 

Em 6 de outubro de 1977, ela morreu de um aneurisma cerebral em seu apartamento.

A arte de Perder, poema de Elizabeth Bishop, por Antonio Abujamra.